Muitos de nós assistimos o filme “Procurando o Nemo” e nos perguntamos: Que lugar era aquele onde o Nemo habitava?
Impressionantemente, o lugar que ele tem o costume de habitar é um animal! Esse animal chama-se anêmona-do-mar e faz parte dos cnidários (junto com as água-vivas e corais, por exemplo). Os cnidários são os animais que foram os primeiros durante a história evolutiva a apresentar tecido verdadeiro, isto é, camada de células que reveste o corpo. Também não possuem um sistema digestório completo, contendo apenas a boca e uma cavidade interna (servindo como um estômago).
As anêmonas são animais que se fixam em um substrato e, portanto, não se movimentam. Mas então, como conseguem se alimentar?
Seus tentáculos são os responsáveis na busca de alimento, principalmente porque possuem cnidócitos (células encarregadas de liberar substâncias tóxicas) que paralisam suas presas e, assim, se alimentam delas.
Mas afinal, se os tentáculos são usados como uma forma de capturar as presas e de envenenar, como que o peixe-palhaço vive nela?
Essa é uma das causas mais intrigantes e fascinantes que existem. Ambos possuem uma relação de mutualismo, isto é, ambas se beneficiam uma perto da outra. Isso acontece porque o peixe-palhaço possui um muco que o deixa imune ao veneno dos tentáculos. Diferentemente de outros peixes que não possuem essa proteção, se estiverem em contato com ela, acabam se envenenando. A anêmona se beneficia dessa relação, pois o peixe-palhaço deixa restos de alimentos que a anêmona aproveita para sua alimentação.
Imagem de capa: Anêmona-do-mar onde é possível ver tentáculos e boca. Fonte: Erika Schlenz, via Cifonauta.
Referências
Eiras, N. S., & Stampar, S. N. Prevendo a morada das anêmonas. Aprendendo Ciência (ISSN 2237-8766), 6(1), 14-20, 2016.
Autoria
Jamile Nadyer Lisboa
Bolsista de Iniciação Científica do Projeto Temático Biota/FAPESP Proc. nº 2016/05843-4.
Muito boom e interessante!